História

A história de João Dourado pode ser relatada a partir do matrimônio do português Mateus Nunes Dourado e da mameluca Joana da Silva Lemos em meados do século 18 que, atraídos pelo garimpo numa área de terra próxima a Jacobina (Bahia) – que na época foi concedida a estrangeiros – fixaram morada e geraram José da Silva Dourado, pai de João José da Silva Dourado.
 
João José da Silva Dourado comprou a fazenda Lagoa Grande, com área de vinte léguas e a qual foi dada o nome de América Dourada. Dentre os 13 filhos da união de João José da Silva Dourado e Guardiana Cardoso, destaca-se a história do neto conhecido como Cel. João Dourado.  Filho de João da Silva Dourado e Carolina Cardoso Pereira, João Dourado nasceu em Caetité - Bahia,  no dia 07 de janeiro de 1854 e, em 1878 casou-se com a sua prima carnal Geraldina Brandelina da Silva Dourado no município de Macaúbas (hoje Paramirim).

Cel. João Dourado acompanhado de sua esposa, sogros e cunhados foram morar em Angico (localizado na área pertencente à Fazenda Lagoa Grande).  Conta a história que em 1888 João Dourado, que morava na fazenda Angico (nas imediações de Soares de América Dourada), trabalhava na roça e criava gado na fazenda Lagoa Nova, de onde avistou o Morro do Prego. Conhecendo o Morro encontrou água ao cavar canais no lagedo e ali, construiu uma casa para a família.

A abundância de água, que motivou o nome que a localidade recebeu, Canal, atraia boiadeiros que faziam a rota Goiás/Piauí /Bahia que repousavam na Fazenda, a exemplo do fazendeiro Cel. Benjamin Nogueira, que evangelizou pela primeira vez o Cel. João Dourado, o qual se tornou um precursor do presbiterianismo na região.

O Cel. João Dourado, foi respeitado até seus últimos dias e morreu em 09 de julho de 1927 na terra que bravamente ajudou a construir e para a qual previu sua ascensão quando dizia “Canal será uma grande cidade; vejo ao norte entrando uma grande avenida”. Hoje, a cidade de João Dourado destaca-se pela hospitalidade e bravura do seu povo, que assim como o Cel. João Dourado, acreditou em Canal, hoje, João Dourado: Cidade da Esperança.